No âmbito do centenário da primeira emissão radiofónica de flamenco em Espanha, o investigador e publicista Ildefonso Vergara apresenta a sua nova obra, onde explora a relação entre a rádio e o flamenco ao longo da história.

O evento contará com a participação de Ana Oliveira e Carmo, diretora do programa La Hora del Flamenco na Rádio Amália, que entrevistará o autor.

Como convidado especial, intervirá António Vieira, diretor da Rádio Amália.

Para encerrar a sessão, haverá atuações de:

Diego el Gavi, ao cante

Sina Shirazi, na guitarra

Tranquila. Serena. Enraizada. Vê passar a vida, estação após estação. Mas a Árvore quis voar. E assim se desdobrou para cantar, tocar e dançar desde a raiz buscando o céu. A passagem por diferentes momentos do dia e pelas estações do ano coincide com as mudanças de intenção, as cadências musicais, que nos guiam numa viagem com os ritmos mais suaves do flamenco como a guajira, alegrias, tangos ou a canção de embalar, enquanto a Árvore também nos ensina suas emoções com sua floração, seu desfolhar...

Esta proposta visual e sensorial representa a convivência entre duas mulheres que se relacionam no palco, inspiradas na figura mítica do "Duplo", o conceito que explora o ser confrontado com a dualidade e a identidade de si mesmo, a duplicação tão explorada desde o Romantismo na literatura, no cinema e na filosofia.

As gémeas Florencia Oz e Isidora O’Ryan mergulham numa estética minimalista e contemporânea em busca da harmonia, da elegância da simetria e do equilíbrio, para narrar a jornada desde o momento em que eram uma única entidade, até ao ponto em que uma se separa da outra para encontrar a sua própria individualidade.

Entre cordas, vozes, gestos e movimento, esse diálogo poético que evoca memórias e antecipa sonhos questiona, movido pelo amor, os limites que definem onde um "eu" termina e o outro começa.

Para assinalar os 150 anos da estreia de Carmen, o Festival Flamenco Porto apresenta uma interpretação arrojada deste clássico pelo Barcelona Flamenco Ballet. Esta produção contemporânea reinventa a narrativa original através da força e expressividade do flamenco, transportando a história para o século XXI. A relação intensa entre Carmen e Escamillo ganha nova profundidade, fundindo a energia vibrante do baile flamenco com a sofisticação da dança contemporânea.

Mais do que uma celebração da obra de Bizet e do romance de Mérimée, esta versão resgata a essência revolucionária de Carmen, reafirmando-a como um símbolo de liberdade e coragem feminina. Curiosamente, a ópera, estreada em 1875, foi inicialmente recebida com críticas, mas acabou por conquistar aclamação internacional. No entanto, Bizet não viveu para testemunhar o sucesso da sua criação.

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Mestres da Guitarra, integrado nos festivais de flamenco de Lisboa e Porto, celebra o talento de Daniel Casares, um dos grandes nomes da guitarra flamenca. Iniciando o seu percurso aos oito anos, Casares formou-se no Conservatório Superior de Málaga, consolidando-se como intérprete e compositor de referência.

Com um gosto musical eclético, inspira-se tanto em mestres do flamenco, como Paco de Lucía e Niño Ricardo, como em artistas internacionais de pop, rock e R&B, como Sting e Sade. Nos últimos anos, aprofundou-se também na obra de guitarristas brasileiros como Garoto, Baden Powell e Yamandú Costa, explorando as suas harmonias e letras.

Em 2023, juntou-se a Cuca Roseta no projeto Rayana, de Oscar Gomes, que homenageia a ligação entre Portugal e Espanha. Casares coleciona diversos prémios internacionais e já partilhou estúdio e palco com nomes como Loreena McKennitt, Toquinho, Dulce Pontes e Chucho Valdés, mantendo sempre a dedicação e o rigor que definem a sua arte.